A temporada de tristeza tá de volta, e com elas novos posts.

 

Coming soon!

Tô ali parada, encostada na parede, observando o vai e vem de pessoas estranhas. Com frio, muito frio. A voz do Chester cantarola alto no meu fone. Catracas giram, entra e sai gente da escada rolante. A cada leva de pessoas meus olhos brilham, e nada vejo. Pronto, vou brincar, tentar achá-lo pelos pés, o all star verde e amarelo vai ser facilmente reconhecido. Muitos pés, cansei! Vou observar os mapas. Oh! Linha lilás pra V. Olímpia. Encosto na parede novamente, Chester continua me acompanhando. Mais uma leva de pessoas, ele com sorriso bobo e seu all star patriota. Passou da catraca, um abraço forte, te beijo. ‘Feliz 5 meses’.

Olhar pro céu todo dia e agradecer seu amor, não é o suficiente. Não há formas de agradecer algo tão imenso e eterno. Você reapareceu do nada e, definitivamente, não foi de mansinho. Já arrombou a porta, escancarou a janela(do meu coração e da minha vida) de cara, sem mistérios ou joguinhos. Foi efusivo e eu amei. Dei meu coração na sua não e disse: “leva, é seu!”.

Não há distancia que atrapalhe ou inveja que ofusque, nosso amor é perfeito e só nosso. Vou calçar meu All Star 37, ter nossa filha chama Maria(e o Gohan) e vou dividir contigo toda felicidade em forma de futuro que ainda está por vir.

“[…] CARA, VOCÊ É LOUCO. Mas eu sou louca por você. Então, vem.” (Fernanda Mello)

É tão bom estar amando, fazer planos e não estar ‘nem aí’ pro resto do mundo. O que importa é você, ele e só. Melhor ainda é quando se tem certeza que vale a pena. Não sei rimar, não sei fazer poesia, mas falar de amor todo mundo sabe. E isso eu também sei. Mas por outro lado, pra que falar se o melhor é sentir? Sentir o abraço, o beijo, o gosto e mais que isso, sentir o coração batendo forte, gritando, chamando, querendo ele do meu lado. Do meu lado não, em mim. Não quero só palavras, quero toques, carinhos e arrepios. NADA é melhor que ele, do que estar com ele, ouvir sua voz e sentir seu cheiro. Ah! o seu cheiro. Tenho um eterno vício por cheiros, e o dele, me enche de desejo com uma química perfeita inigualável. Por isso eu me jogo. Sem dó. Eu QUERO ele, eu TENHO ele e ele TEM a melhor parte de mim.

 

[b][c=#9B37FF] Annezinha-[/b]®[/c] diz:
seilah, cada dia q passa descubro que nao eh o herói q eu pintava sabe, q é tao defeituoso quanto qqr outro.
[c=2][b]rebel rebel.[/b][/c] diz:
todos os herois tem defeitos anne
[b][c=#9B37FF] Annezinha-[/b]®[/c] diz:
é, mas esse tem mais do que eu imaginava, muito mais,

– A cada dia que passa descubro que nao é o herói que eu pintava , que é tao defeituoso quanto qualquer outro.

– Todos os herois tem defeitos.

– É, mas esse tem mais do que eu imaginava, muito mais.

(infelizmente)

Relato: Trabalho Voluntário – Projeto Petrobrás

Lá estava eu, acordando em um sábado chuvoso, perfeito para dormir muito e ver filmes, porém, mais uma vez eu tinha que fazer um trabalho voluntário, no outro tiramos de letra, mas esse tinha, pelo menos pra mim, uma coisa mais assustadora: crianças. Sim, essas criaturinhas pequenas e fofinhas me assuntam, e muito.

Acho que tenho esse ‘medo’ de crianças, pois nunca tive que lidar muito com elas. Sou filha caçula, meus primos são todos mais velhos ou da mesma idade que eu e não tenho sobrinhos. Então nunca precisei manter uma relação com os pequeninos.

O lugar escolhido para trabalharmos foi um evento beneficente para crianças carentes de diversas entidades que realizado no SESI, na Zona Noroeste de Santos. Este evento é patrocinado pela Petrobrás e acontece periodicamente.

Então, às 11 horas da manha de um sábado, levantei-me da cama e fui me arrumar. Só depois de pronta, uma coisa me veio à cabeça: “Como eu vou para lá?”. Eu quase nunca ando de ônibus e muito menos sei andar pela Zona Noroeste, conclusão: estava numa fria. Já me imaginava perdida, quando pensei num amigo meu que, quem sabe, poderia me dar uma carona. Bastou uma ligação e consegui uma alma caridosa.

Às 12 horas, o Arnaldo (meu caridoso amigo) passou aqui para me pegar, mas ele também nunca tinha ido ‘pra aqueles lados’ de Santos. Eu sabia ligeiramente como chegar, então fomos na raça e na coragem. Chegamos sem problemas e já estava na hora de enfrentar as ferinhas.

Descendo do carro me dirigi à portaria do SESI para perguntar onde estava sendo realizado o evento. Um senhor então me deu as coordenadas: “contorne o campo inteiro, é lá no final, na quadra coberta”. E pra lá fui eu, contornei o campo e, assim que cheguei à quadra coberta, me deparei com muitas crianças. Aí sim, entrei em pânico.

Desci os degraus da arquibancada tentando avistar meus companheiros de voluntariado e, com o sono e a vista embaçada que eu estava, ficou complicado, mas os achei.

A quadra estava transbordante de alegria. Crianças de várias idades corriam de um lado pro outro, brincavam nas camas elásticas; com os brinquedos espalhados no chão; pintavam esculturas de gesso e desenhavam em papéis espalhados por toda parte.

Aqueles momentos me remetiam a minha infância. Sempre adorei pular em cama elástica e me jogar nas piscinas de bolinhas. E por pouco não dividi aquela cama com as crianças porque os grandinhos, infelizmente, não eram permitidos. Mas pelo menos podíamos comer algodão doce. Ah! O algodão doce…nos deliciamos com ele. Aliás, alguém já reparou que eles têm gosto de infância?

Logo depois que cheguei, os palhaços apareceram para animar a criançada. Era brincadeira de morto-vivo, brincadeira de corda, bandeirinhas e a molecada se divertia.

Mas essa não é uma realidade vivida por elas todos os dias. Todas as crianças presentes neste evento são extremamente carentes, muitas ali mal tinham o que comer em suas casas, isso é, para aquelas que tinham casas.

A coordenadora da Casa da Vó Benedita, com quem conversamos, mostrou pra gente diversas crianças que têm problemas de desnutrição e anemia profunda.

E pra mim, que estava assustada com a situação, passar aquele dia podendo dar um pouco de alegria pra aquelas crianças se tornou muito gratificante. A cada criança que se aproximava de mim para pedir algo ou para brincar eu me sentia mais viva. Sim, é clichê, mas acho que é exatamente esta a palavra que eu precisava usar.

Foi prazeroso ver o sorriso, muitos ainda sem dentes, daqueles pequeninos.

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Relato: Trabalho Voluntário – Asilo Casa do Sol

Tudo o que eu queria era que fosse um sábado normal, em que eu pudesse acordar tarde, depois de ter ido dormir quase ao amanhecer e, quem sabe, ir até a praia com os amigos. Mas eu tinha que ir até uma instituição fazer um trabalho voluntário.

Pra ser sincera, não estava muito animada para essa tarefa, estava meio agoniada e não imaginava como iria agir diante dos senhores e senhoras que eu encontraria no asilo Caso do Sol. Perguntava-me o que estava prestes a encontrar. Será que eu iria conhecer boas histórias e ouvir experiências, ou será que não saberia mesmo lidar com a situação?

Cheguei à casa da Fernanda às 13h20, o horário combinado era 13h15, mas sempre existem aqueles minutinhos de tolerância. Assim que desci do carro já avistei a van do ‘tio Jaca’, pai do Leandro, que nos levaria até a instituição.

Com todos a postos, partimos em direção ao morro da Nova Cintra, percorremos todo o caminho conversando sobre o que iríamos fazer e como iríamos conversar com os velhinhos. Eu, no entanto, continuava assustada com a ocasião.

Já no morro, procurávamos pelo endereço Avenida Santista, número zero. Paramos para pedir informação a uma garotinha, que estava brincando na rua. Ela apontou em direção ao fim da grande avenida e disse: “É lá! No portão verde!”.

Ao chegarmos ao grande portão cor de abacate, a mesma pergunta pairou na cabeça de todos nós: “Cadê o asilo?”. O lugar mais parecia um hotel, e dos bons. Na entrada, um jardim enorme com pontes, fontes e banquinhos, arbustos e flores muito bem cuidados, com cores vibrantes e luminosas.

Nos apresentamos na recepção e ficamos esperando pela senhora Mariângela, com quem já havíamos conversado por telefone e agendado a visita. Depois de alguns minutos de espera, Mariângela nos recebeu, explicamos pra ela o trabalho que estávamos fazendo e falamos das atividades que gostaríamos de realizar, fomos absolutamente bem recebidos por ela.

Após alguns minutos de conversa ela nos mostrou toda a casa – e que casa! – um amplo espaço, bem claro, arejado e muito bem cuidado. A Casa do Sol possui ambientes espaçosos, que tornam fácil a movimentação e comodidade dos senhores na melhor idade.

Lá tudo é organizado, desde o nome na portas dos quartos até o turno das auxiliares. No horário do lanche, os idosos que são mais dependentes e precisam de mais cuidados, fazem suas refeições 15 minutos antes do restante dos outros senhores e senhoras. Atualmente, 70% dos 102 idosos que residem na Casa do Sol são dependentes.

Em meio ao nosso tour pela casa, Mariângela nos contou várias curiosidades sobre os hospedados, entre elas, uma história que me despertou muito interesse, a de pai e filha que dividem um quarto no asilo.

A filha solteira, já no alto de seus 60 anos, não estava mais dando conta de cuidar do pai, sozinha em casa então, resolveu colocá-lo na casa de repouso, mas não queria deixá-lo sozinho e foi junto.

Outra história curiosa é do casal Marina e Edison, que se conheceu em uma casa de repouso, se apaixonaram e se mudaram para a Casa do Sol, onde hoje dividem uma suíte.

Depois do passeio pela casa, fomos até a van pegar os objetos que trouxemos para fazermos brincadeiras. Além de violão, pandeiro e cajón para fazermos um som, também levamos acessórios de festa como: boás, óculos coloridos e arcos com anteninhas, não esquecendo os presentes para um sorteio.

O relógio já marcava 15h30 quando conseguimos reunir todos os moradores no auditório. À medida que eles iam chegando, fomos nos dividindo e conversando com eles. A essa altura eu já não estava tão aterrorizada, fui vendo que aquela tarde não estava sendo tão difícil como imaginava.

Resolvi me sentar ao lado de uma senhora que estava em uma cadeira de rodas. Perguntei há quanto tempo ela estava lá, e ela respondeu que há apenas três meses e, quando eu perguntei se ela estava gostando, vi um olhar levemente triste naqueles olhinhos já esbranquiçados devido à catarata. Dona Beatriz me contou que ela gosta de lá e que é muito bem tratada, mas estava difícil a sua adaptação, pois ela sempre viveu em meio a uma família muito grande e era triste ficar longe. Então, argumentei com ela que muitos lá também sentiam falta da família, que ela iria se adaptar e que lá todos formam uma grande família. Nesse momento, dona Beatriz segurou forte em minhas mãos e agradeceu por nós estarmos ali e pela atenção, disse que estava muito feliz com o dia diferente e que esperava que nós voltássemos em breve.

Conforme o tempo ia passando, eu ia me enturmando mais com o ambiente e ficando menos tensa.

Finalmente estávamos todos no auditório. Colocamos CDs com músicas antigas que com certeza os remetiam ao passado. Muitos se levantaram e dançavam. E ao observá-los dançando reparei que uma senhora sentada no canto direito do auditório tinha um olhar diferente. Sentei-me então ao lado dela para conversar. Esta senhorinha é dona Vera, filha de italianos. Ela começou a dançar desde muito nova, tornando-se professora de dança quando adulta, mas devido a um problema no coração, ficou impedida de continuar na profissão. Desde muito jovem tinha complicações, teve algumas paradas cardíacas e acabou indo bem cedo morar em uma casa de repouso, para ficar em cuidados médicos. Vera me disse que, apesar de não ter constante visita dos filhos que moram no Espírito Santo e em Minas Gerais, ela se acostumou com o ambiente e já tem os outros hóspedes como uma família.

A ex-professora de dança foi uma das primeiras moradoras da Casa do Sol e tem como sua fiel companheira dona Ligia, que há muito tempo senta ao lado da amiga. As duas dividem o mesmo quarto desde que foram morar no local e ambas são veteranas na casa.

Apesar das debilitações, bastou tocar “Chega de Saudade”, de Tom Jobim, música preferida da italianinha, para ela se levantar e mostrar para todos o talento para dança que tinha na mocidade, e eu fui escolhida para lhe acompanhar em alguns passos. A partir daí nem lembrava mais do receio de passar a tarde com os ‘jovens há mais tempo’.

Na Casa do Sol existem vagas cedidas gratuitamente pela prefeitura e vagas particulares. Nas particulares, têm os quartos comuns, onde os idosos os dividem, e tem também as suítes, onde a mensalidade é mais cara, mas com um tratamento ‘VIP’. Estas são para os que preferem ficar sozinhos, ou para quem escolheu alguém para viver, como é o caso do casal Marina e Edison, que citei acima.

Mesmo com o tratamento diferenciado, todos os idosos estão sempre juntos nas outras áreas da instituição. E foi assim que, nesse sábado, vips ou não, todos entraram nas brincadeiras e danças. – Aliás, engraçado como os homens de antigamente dançam bem. Podíamos ter uns desses hoje em dia – E depois de tanta farra, sorteamos dominós, baralhos e kits de unha. A brincadeira toda foi um sucesso, e nossa visita também.

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Preciso confessar que a maior parte das vezes que tenho inspiração pra escrever é quando alguma coisa não está bem. Raramente escrevo por escrever ou quando estou com tudo caminhando perfeitamente bem. Nas ultimas duas semanas uma coisa tem me atormentado bastante: a saudade.

Nunca me peguei tão desanimada quanto estou nos últimos tempos. E se me perguntam o motivo, a resposta é um sonoro não sei. E não sei mesmo, quer dizer sei. Mas vai explicar que estou de mau humor e chorando pelos cantos por uma ‘simples’ saudade.

Quando meus pais anunciaram que iriam viajar e ficar 1 mês fora não achei que fosse ser difícil. A principio pensei “ok, já fiquei uma semana longe deles antes.”. E ainda levando em conta que não moro mais em casa, não seria nada aterrorizante. Foi um erro pensar assim. Está sendo super difícil e aterrorizante. Tive problemas no trabalho e cadê o colo da minha mãe? Estou triste por estar me sentindo sozinha na terra da garoa, e mais uma vez, cadê o colo da minha mãe? Cadê os almoços, fresquinhos, em família no fim de semana? Tudo isso está fazendo uma falta imensa. Como é estranho entrar em casa e não ver meu pai dormindo, de boca aberta, segurando o controle remoto da tv. Não ver minha mãe perambulando de um lado pro outro, fazendo lanchinhos e reclamando que quer sair pra ‘bater perna’ no fim da tarde. Mas tem uma coisa que ainda é maior. Como é triste chegar em casa e não vê-los me esperando de braços abertos, falando que estavam com saudades e suprindo a minha carência de uma semana inteira sozinha.

E toda essa saudade me faz pensar horrores, afinal, o que eu mais tenho feito é pensar. Ter muito tempo livre não é legal, às vezes. Fico sempre pensando em que rumo minha vida está tomando. Do momento que estou morando fora, em outra cidade e em busca dos meus próprios sonhos, estou me distanciando (não propositalmente) da minha família. Como é bom e, ao mesmo tempo, triste colocar as ‘asinhas’ de fora e viver por si mesmo. Daí penso: quero voltar pra casa, ter meus pais me mimando diariamente e todo aquele conforto do lar de novo. Mas será que vale a pena dar Dois passos pra trás, depois de ter dado apenas um pra frente? Um dia, mais cedo ou mais tarde, essa ‘separação’ vai acontecer. Daí surge outra questão: eu to pronta pra isso AGORA? São tantas coisas rondando os pensamentos, ou será que isso é simplesmente por conta da SAUDADE e já já essas duvidas desaparecem? È o que vou descobrir, amanhã a noite vou chegar em casa e receber os abraços tão saudosos, os mimos, a comidinha fresca e tudo que um lar com uma família mais que perfeita me propõe. Sim, eles estão chegando!

Impressionante como as pessoas reclamam de boca cheia, procurando problema onde não tem, a caça do pêlo no ovo. Eu mesma vivia procurando, até que de tanto procurar achei.
Foram meses de desanimo até conseguir reunir os cacos. E nada melhor do que uma grande mudança pra começar de novo.
Mudei de cidade, de faculdade, fiz novos amigos e agora moro ‘sozinha’, com mais três amigas. Uma reviravolta e tanto para o estilo de vida que tinha.
Agora faço minha comida, lavo e passo minha roupa. Ainda não pago minhas contas por que a busca por emprego ainda não chegou ao fim, mas a esperança, com certeza, é a ultima que morre.
Alias, preciso dizer que minha vida ta semi completa(só me falta o bendito do emprego). Tô aqui em Sampa, meu apartamente é muito legal, minhas ‘roomates’ são demais e alem disso, to apaixonada. Semana que vem faço um mês de namoro e dois meses juntos. O romance de carnaval deu frutos. Calma, frutos sentimentais eu digo! Ele é perfeito e preguiçoso, e esse ‘defeito’ super nos completa.
Em meio a tanta felicidade posso fazer uma reclamaçãozinha? Quero meus amigos de santos aqui! Mas tudo bem, eu sobrevivo vendo eles e meus pais aos fins de semana.

Então ó, muita FELICIDADE!

E de repente eu me sinto viva novamente.

 

– Boba.

– Linda.

– Sua.

– Minha.

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